sábado, 11 de julho de 2009

PÉROLAS DA ANTIGA ROCK BRIGADE!!!



Quem tem mais de 30 anos e lia a antiga ROCK BRIGADE sabe do que Berrah de Alencar era capaz de escrever, DIVIRTAM-SE!!!!

Resenha sobre o Show no mercy - 1983:

“Os guitarristas do Slayer rasgam os seus dedos, destroçando as cordas do mais perfeito instrumento projetado pelo capeta. Power metal elevado á última instância, tempestuoso e corrosivo, feito somente para headbangers. Roncando e vomitando fogo, como se um cometa explodisse dentro de um vulcão em erupção!”
“Misericórdia não existe! Não cabe na filosofia Heavy, por isso que Dave Lombardo pulveriza as moléculas do ar com suas patadas letais na mesma medida em que o terremoto provocado pelo baixo de Tom Araya invoca Satanás para a destruição! Não tem música melosa! A mais lenta faz qualquer um sair por aí chamando urubu de ‘Meu Loro’ e Jesus de “Jenésio”.




Resenha sobre o LIVE EVIL - 1983:

“Ronnie James Dio encarou o demônio de frente, galopou no cavalo da morte e dançou na propriedade do sobrenatural. A amarga gota de fel que é nódoa nos corações humanos e o desespero pela poder da força que arrasta todos às profundezas do inferno, foram por ele galhardamente cantadas, num Heavy Metal que Satanás não ensinaria nas escolas do inferno.
A guitarra de Iommi ronca feio para o lado dos espíritos. Estremece túmulos. Os ventos soprados pelas cordas de Geezer assobiam gelado nas cumieiras da mente! Vinnie o convidado macabro cumpre o seguimento do ritual, possuído que foi pelo Black Sabbath.
O Sabbath resistiu e persistiu no caminho do pau-pesado que transcende a própria música. Pois na sua essência a estupidez do pesado é o repúdio encolerizado da própria condição “Filho da Puta”, pecaminosa e mortal em que vive o homem.
Na capa, um shock de nuvens carregadas de megatons anunciam fenômenos dantescos sobre o mar. O azul foi ao negro num abraço macabro, e o positivo foi ao negativo como que por encanto, precipitando na estampa perplexa do horizonte confuso, a descrição geométrica de um relâmpago serpenteador. Desceu na rota dos elétrons como um raio sobre o oceano, que o acolheu em seu peito com tanta valentia e determinação, quão resoluto e furioso ele desceu. A natureza enxotou de seu reino as pernícies humanas que vagueiam nas entranhas de suas cores místicas e em seus fenômenos íntimos.
Sob a intolerância das forças naturais, elas deixam-se sair pelas portas do oceano, alcançando a praia, onde vagueiam as almas penadas a procura de um lar seguro e promissor. E encontram a mente humana, onde engendram, conquistam e dominam…”




Deep Purple In Rock:

“Paice mostra uma feroz seqüência de hipnotizantes estrondos tirados de sua Ludwig rústica, mas resistente aos seus golpes certeiros. O baterista trata seus pratos como um escravo fugitivo enquanto Gillan solta um verdejante grito como um LEÃO em seu mais duradouro período de cio.”





Unleashed in The East do Judas…:

“Tyrant mexe tanto com a adrenalina do corpo que deve até dar um nó na espinha de quem tentar dançar ouvindo-a. É pau pra todo lado e faz essas cocotinhas da onda disco enroscarem-se em suas próprias abas cuzagonais!”


Akira Takasaki do Loudness!

“Guitarrista que nem o Akira Takasaki não se acha em qualquer esquina. O cara tem os dedos mais rápidos do que a eletricidade que corre em casa. Seus dedos lépidos dedilham com precisão impecável o braço de seu machado, fazendo-o cuspir notas milimetricamente encaixadas. O que esse japonês faz no palco é o que era de se esperar de um jovem nascido num país que tem a triste memória de ter levado duas bombinhas na orelha.
Nem só de pastel vive japonês, mas também de lavanderia. A verdade é clara, é um povo muito esperto, não é como o português…
País que no mapa tem apenas uma polegada, onde vivem milhões de japonezinhos de tudo quanto é jeito e modo diferente. Entre tantos outros existem também os japa-bangers…
No show do Loudness a japonezada se maturba, grita, uma tamanha orgia…O vocalista canta como um raro galo japonês!”


Resenha do Exciter

“A tecnologia Marshall, Tama e Gibson ao alcance de bastardos excomungados!”
“O Exciter mostra que morre esganiçado pela garganta, brotando sangue pelos buracos da cabeça mas não se entrega, não renuncia ao Deus Heavy!”
“Soca Dan Beehler, Soca! Soca essa porra de bateria e mostre porque vc veste sua pele de couro negro e arrebites de aço seu fucking bastard!”




O final da resenha de At War With Satan do Venom:

O play continua atendendo ao gosto musical de apenas ‘um’ cidadão, o ágil e intrépido headbanger, cavaleiro de neon por dentro, o metalmaníaco jurador. Porque para ele não importa o que o vizinho da direita diz, para ele não importa o que o vizinho da esquerda diz, não importa o que ‘eles’ dirão. E se você é um desses headbangers que gosta do Venom, ame-o com toda a sua força. Faça-o ritual, anseie-o por ficar só na escuridão para headbanguear nos mistérios da imaginação. Decrete a sua maldição nos domínios do teu reino, rogue a sua praga e lute duro. Leve a nocaute seu opositor. Você não está sozinho. Você quer maior apoio do que deste seu amigo que vem de longe, ainda molhado pelo nevoeiro de Londres?


Lembrem-se que essa revista era datilografada e depois xerocada! Isso sim era AMOR AO METAL, Saudações grande Berrah De Alencar, onde quer que esteja!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Genial, genial! Como era bom esse tempo. Lembro até hoje da resenha do "Pleasure to Kill", do Kreator, de página inteira. Tem aí?

INFECTHRASH disse...

the best heavy metal magazine,leio as primeiras ate hoje,ouvindo os vinil,coleciono,tenho da n1 ate a n50, tenho ate umas repetidas..fora os zines da epoca..perfeito!

Rodrigo Hammer disse...

Berrah de Alencar, gênio anos-luz a frente da bisonha geração de jornalistinhas "especializados" pós-1990. Da primeira fase do Rock Brigade, o maior integrante.